Convidados

Pedro Teixeira
Obteve o grau de mestrado em Direção Coral pela Escola Superior de Música de Lisboa, onde trabalhou com o Maestro Vasco Pearce de Azevedo e Paulo Lourenço. Foi professor na Escola Superior de Educação de Lisboa, lecionando Educação Vocal e Direção Coral, no curso Música na Comunidade. Foi elemento do Coro Gregoriano de Lisboa, no qual foi solista. Foi ainda cantor no Coro Gulbenkian, onde desempenhou as funções de maestro assistente convidado. Dirige o Coro Ricercare, onde trabalhou com Paulo Lourenço como maestro adjunto, passando a maestro titular em 2002; é diretor artístico do Grupo Vocal Officium; é diretor artístico das «Jornadas Internacionais Escola de Música da Sé de Évora», organização de Eboræ Musica – Associação Musical de Évora, que conta já com vinte e uma edições anuais.
Recebe em 2002 o prémio “The most promising conductor of Tonen 2002” nos Países Baixos. No plano internacional, dirige desde 2011 em Barcelona, em conjunto com Peter Philips, Ivan Moody e Jordi Abelló, o workshop «Victoria400», atelier de canto coral dedicado à música renascentista e contemporânea espanhola, portuguesa e ortodoxa. Foi, de 2012 a 2018, maestro titular do Coro de la Comunidad de Madrid.


Nicholas McNair
Nicholas McNair - Professor na ESML desde 1988. Ensina UCs Repertório de Canto, Correpetição, Leitura de Partituras, Harmonização e Improvisação ao piano, Improvisação ao Orgão, Formação Auditiva para cantores, e Grupo de Improvisação Instrumental (opção). Membro do Coro da Cathedral de Canterbury (chefe 1964), estudou piano, orgão e composição, tendo diplomas do Royal College of Organists e Royal College of Music (Londres), e o grau de Master of Arts da Universidade de Cambridge.
Ariana Russo (técnica vocal)
Completou o exame de Canto na Escola de Música do Conservatório Nacional e terminou a sua licenciatura na Escola Superior de Música de Lisboa. Frequentou a Escola Superior de Música de Karlsruhe.
Como solista interpretou diversas oratórias e ópera tais como «Dido e Aeneas» de Purcell, «L'enfant et les sortilèges» de Ravel, «Il sogno dello Zingano» de Miró, «Il Mondo della Luna» de Avondano, «Il Barbière di Siviglia» de Rossini ou «Le dialogue des Carmélites» de Poulenc. Em 2017 interpretou Maria em «West Side Story» de Bernstein, com a Banda de B. V. de Torres Vedras. Desde 2008 que canta no Coro Gulbenkian e colabora com outros grupos vocais como o Officium Ensemble e Ensemble MPMP.

Rory McCleery
Rory McCleery é um maestro premiado, contratenor e musicólogo escocês. Reconhecido internacionalmente pelas suas interpretações convincentes de um vasto repertório, está particularmente associado à música coral do Renascimento e doBarroco, sendo também cada vez mais conhecido pela sua afinidade com a música de compositores britânicos contemporâneos.
Rory apresentou-se em locais de prestígio, incluindo o Wigmore Hall, o BBC Proms, e dirigiu coros, ministrou masterclasses e workshops nos EUA, Espanha, Alemanha,
França e Itália. Apresenta-se regularmente na rádio e na televisão. Rory é fundador e diretor artístico do grupo The Marian Consort, com quem atua internacionalmente.
Armando Possante
Fez os seus estudos musicais no Instituto Gregoriano de Lisboa e na Escola Superior de Música de Lisboa, onde concluiu os Cursos Superiores de Direcção Coral, com o Professor Christopher Bochmann, Canto Gregoriano, com a Professora Maria Helena Pires de Matos, e Canto, com o Professor Luís Madureira. Foi-lhe atribuído o Título de Especialista em Canto pelo Instituto Politécnico de Lisboa.
Estudou Canto em Viena com a Professora Hilde Zadek e frequentou masterclasses de canto com os professores Christianne Eda-Pierre, Christoph Prégardien, Siegfried Jerusalem e Jill Feldman. Aperfeiçoou os seus estudos de Canto Gregoriano em Itália com os professores Nino Albarosa, Johannes Göschl, Alberto Turco e Luigi Agustoni.
É professor de Canto e Canto Gregoriano na Escola Superior de Música de Lisboa. Orientou vários workshops e masterclasses em Portugal e também no Canadá, Inglaterra, Singapura e Espanha.
É director musical e solista do Grupo Vocal Olisipo e do Coro Gregoriano de Lisboa tendo-se apresentado em concertos em vários países ao redor do mundo. Gravou mais de duas dezenas de discos com grande reconhecimento crítico, distinguidos com o Choc du Monde de la Musique, o Diapason d’Or e uma nomeação para os prémios da SPA, entre outros prémios.
Conquistou vários prémios, destacando-se o 3º prémio no Concurso Luisa Todi e o 1º prémio no 7º Concurso de Interpretação do Estoril e, com o Grupo Vocal Olisipo, quatro primeiros prémios e prémios de interpretação em concursos internacionais.
Apresenta-se regularmente como solista em recital, oratória e ópera, tendo colaborado com as principais orquestras e maestros do país.

Owen Rees
Owen Rees é professor de música na Universidade e Organista do The Queen’s College e investigador sénior do Somerville College. A sua investigação de pós-graduação também
foi realizada em Cambridge, sob a supervisão de Peter le Huray e Iain Fenlon e completou o seu doutoramento em 1991. Foi professor de música no St Peter’s College e St Edmund
Hall, Oxford, 1989-1991, e docente e — desde 1996 — Leitor do Departamento de Música da Universidade de Surrey. A sua investigação centra-se principalmente na músicade 1450 a 1650, particularmente em Espanha, Portugal e em Inglaterra.
Tiago Simas Freire (corneta)
Tiago Simas Freire é Doutor em Música e Musicologia (Universidade de Coimbra e Universidade Jean-Monnet) e Mestre em Arquitectura (ISTUL), em Flauta de bisel e em Corneta histórica (CNSMDLyon). O seu projeto de doutoramento recebeu o “Prix d’excellence Doctorat 2018” da Fundação da Universidade Jean-Monnet. Passou pelos departamentos de Música Antiga da ESMAE (Porto), ESMUC (Barcelona) e CNSMD (Lyon): estudou flauta de bisel com Pedro Sousa Silva, Pedro Memelsdorff e Pierre Hamon; e corneta histórica com William Dongois e Jean Tubéry.
Apresenta-se regularmente em concerto com diversos agrupamentos, nomeadamente Le Concert Brisé (William Dongois), La Fenice (Jean Tubéry), Concerto Soave (Jean-Marc Aymes), Cappella Mediterranea (Leonardo GarciaAlarcon). Fundou a Capella Sanctae Crucis, dedicada ao repertório inédito português dos séculos XVI e XVII, tendo publicado o seu primeiro álbum em 2017 pela editora harmonia mundi. Desde 2014 é professor de Corneta histórica e Ornamentação nos Cursos Internacionais de Música Antiga ESMAE/ ESML. É assistente para a investigação na HEM de Genebra desde 2016. Em 2018 é convidado a lecionar “História da ornamentação” e “metodologia científica aplicada à Música Antiga” no CNSMDLyon.


José Rodrigues Gomes (baixão)
José Rodrigues Gomes desenvolve uma atividade como intérprete e docente.
Licenciou-se em Ciências Musicais (FCSH-UNL – Lisboa); flauta de bisel e fagote histórico (Koninklijk Conservatorium – A Haia); e concluiu o mestrado em fagote histórico (Conservatorium van Amsterdam – Países Baixos).
Apresentou-se em concerto por toda a Europa e pelo Mundo, com músicos e agrupamentos de renome no panorama da interpretação historicamente informada.
É membro co-fundador do sexteto Thalia Ensemble – especializado no repertório clássico para forte-piano e sopros – galardoado com o primeiro prémio no York Early Music International Young Artists Competition, organizado pelo NCEM (National Center for Early Music), em Julho de 2013. É membro e encarregado de produção do agrupamento Capella Sanctae Crucis, sob direcção de Tiago Simas Freire. É fagotista principal da Orquestra Barroca Casa da Música (Porto) sob direcção de Laurence Cummings, tendo trabalhado com maestros convidados tais como Masaaki Suzuki, Andreas Staier, Hervé Niquet, Christophe Rousset, Alfredo Bernardini, Riccardo Minasi, Dmitry Sinkovsky, Rachel Podger e Rinaldo Alessandrini.
Desde 2014 é docente de fagote histórico, práticas coletivas e coaching de carreira, no departamento de música antiga da ESMAE (Porto).
A sua visão artística é de que que a fruição musical tem o potencial de elevar o ouvinte para além dos seus hábitos e padrões quotidianos, permitindo-lhe alcançar um nível profundo de contacto consigo próprio. Além disso, as qualidades intrínsecas da música facultam o acesso a uma dimensão essencial e universal de todas as coisas, potenciando a união de cada um com tudo e todos os que o rodeiam.
Henry Van Engen (sacabuxa)
Nasceu em 1993, em Anápolis, nos Estados Unidos da América. Aos 5 anos começou a tocar piano. Iniciou os seus estudos académicos como pianista aos 17 anos. Depois de mudar para trombone, completou a Licenciatura em Trombone no Oberlin Conservatory of Music, em 2015. Seguindo seu interesse pela música de orquestra, Henry mudou-se para a Europa e foi membro da Philharmonisches Staatsorchester Mainz. Concluiu o Mestrado em Trombone na Musikhochschule Trossingen, em 2018. A sua especialização em prática de performance histórica começou na Schola Cantorum Basiliensis, em 2015, com Charles Toet, culminando num Mestrado em Trombone Histórico em 2021, com Catherine Motuz e a sua bem-sucedida tese de mestrado “Italianische Manier”: a filiação italiana de descrições de ornamentação em Praetorius Syntagma Musicum III (1619), publicado nos 2023 Michaelstein Conference Papers. Em 2023, completou um Mestrado em Voz Renascentista, na Schola Cantorum Basiliensis, com Katarina Livljanić. O projeto da sua investigação Johann Andreas Herbst’s Musica Practica: Developing a Functional Ornamentation Language, foi patrocinado pela SCB Forschung e contém a primeira tradução para o inglês do tratado histórico de Herbst, Musica Practica.
Henry Van Engen toca e canta com importantes Grupos como Concerto Scirocco, Innsbrucker Hofmusik, Le Miroir de Musique, I Fedeli, La Fonte Musica, Musica Fiorita, Castello Consort, Les Haulz et les Bas, Margaretha Consort, European Hanse Ensemble e muitos outros. É membro fundador do Le Filigrane e diretor artístico do Grenzacher Kantorei. Apresentou-se em conhecidos festivais e concertos, como Narodowe Forum Muzyki Wrocław, Goldberg Festival, Festival Radovlijca, Trigonale, die Elbphilharmonie, Tage der Barokmusik Schrobenhausen, Urbino Musica Antica, Wunderkammer, ReRenaissance e Abendmusik Basel. Gravou alguns CDs, incluindo Anthonius Gosswin: un Liégois à la Coeur de Bavière (Rivercar), 'Martini: la Fleur de Biaulté (Outhere) e 'De Fay: Missa Se la Face ay Pale' (Amadeus).


Elsa Frank (charamela)
Elsa Frank estudou flauta de bisel e oboés históricos na Schola Cantorum Basiliensis. Professora qualificada, possui uma vasta experiência de ensino no Conservatório de Caen e em academias internacionais. É membro dos seguintes agrupamentos: Le Poème Harmonique (Vincent Dumestre), Le Concert Spirituel (Hervé Niquet), Les musiciens de St Julien (François Lazarevitch), Les Ombres, L'Achéron, Les Muses en concert. Elsa trabalhou durante muitos anos com agrupamentos especializados em música renascentista, como o Ludwig Senfl ensemble (Michel Piguet), Le Tourdion, Doulce Mémoire (Denis Raisin Dadre), Syntagma Amici, La grande Chapelle e, mais recentemente, Into the Winds. Para além de um grande trabalho de investigação sobre o oboé barroco histórico, Elsa Frank, juntamente com Jérémie Papasergio, realizou uma grande pesquisa sobre instrumentos de palheta ainda hoje pouco conhecidos, como o chromorne francês (não confundir com o antigo Krumhorn), a bombardine, a dulzian soprano, o Bassanello, etc. Estes instrumentos, brilhantemente tocados em concerto, ultrapassaram o seu estatuto atual de “curiosidades”.
A sua rica discografia leva-nos numa viagem de Dufay a Mozart!